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domingo, 4 de setembro de 2011

Poema riscado

Que te espera
Se nem ao menos
Sei o que se passa?
Se o presente me é
estranho
O futuro uma
incógnita
E o passado fede
à menção existencial
no presente?

Pena não
Lágrimas constatam
a estupidez de guerras
e a fome que sinto
visceral pela vida
não termina no pão
distribuído em mutirão
aos domingos

Porque a fome
que sinto visceral
pela vida
Sacia-se numa verdade
diminuta
num afago de asas
na irmandade dos opostos
na largura dos seus claros
de sol e água.

                            Lilian Valéria                                                

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