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sábado, 30 de julho de 2011

Inspiração

A minha inspiração
vem das pessoas
que se parecem
igualmente
ao leite de vaca
que é bom de se beber
e muito de se curar,
como o veneno da cobra.

Me inspiram as flores
os animais, as florestas
as caatingas
e os insetos também
Pois que tudo é uma
existência-conjunto.

Me inspiram os índios
e suas ideias a respeito
do universo.

E me inspiram também
as guerras
pois que mostram o quanto é
maléfico o capital
(como medicina alopática)
E a juventude transviada
porque é o avesso,
quando espetáculo de circo.

É preciso dizer ao homem
Mostrá-lo a si mesmo
Pois a busca pela sua verdade existe
Homeopaticamente
Antiga e derradeira.
Mesmo que aconteça no ópio
É preciso soltar-lhe as asas
para descobrir espaços...

Lilian Valeria

Vídeos feitos no primeiro encontro "O brilho da pedra"

O buraco no espelho por Pedro Macieira




Comentários sobre "O buraco no espelho"


"Sobre a nudez e o delírio" por Vinícius Deiró

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Acordar Sozinho

Um dia ele acordou sozinho.

Desacompanhado de suas dores, mágoas e esperanças.

Sem saber nem o lado da cama onde deveria levantar. Sem vontade de levantar. Poderia levantar?

Abandonado pelo raciocínio e descrente das ilusões.

Com a sensação, de que o que antes não valia nada, agora poderia ser tudo. Se é que sentia alguma coisa.

Haveria ainda tempo?

Mas tempo para que?

Nem rumo, nem ideias, nem sua voz sobressaía.

Tentara falar, mas não tinha receptor. Nunca dera ouvidos a ninguém, nem a si mesmo. E agora não seria diferente.

Não existia mais vontade.

E ele se deita esperando que... Não, não haviam esperanças, dores e nem mágoa.

Marlon Maia

Voando sobre a Serra dos Doze

Essa imagem é um convite para sobrevoar a Serra dos Doze, conhecida como rampa do vôo livre, quem conhece o espaço, com certeza já deve ter se deparado com essa placa nos convidando a ver o mundo por cima.




* Para ampliar a imagem, clique sobre a mesma.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sobre a nudez e o delírio

I

Em meio a liberdade sexual, e ascensão do nu artístico
Venho por meio deste vos apresentar o nu delirante,
Sim, essa nudez abençoada pela Loucura
Progenitora da poesia nua, crua e insana.
Pois o que viria ser a nudez sem a mulher que corre loucamente despida pelas ruas?
Não despida de si, mas de valores que a reprime, louca?
Sim, pois em meio tanta repressão, a liberdade nos parece um delírio.
Mulher essa que ao se libertar inspira a si mesma, e ao poeta que com olhos encarcerados admira.


II

Poeta autor de poesias e delírios que nos leva a um mundo novo
Mundo epistêmico,
onde a matéria nada mais é do que um bem contemplativo, nunca possessivo.
Mundo sustentado pelas forças criativas,
pois da criatividade nascem o sol e a vida, dela também nasce Deus em nós
E de Deus nasce a força criativa,
Criatividade livre, e exacerbada
Onde palavras comestíveis são criadas e devoradas alucinadamente
Alimentando ainda mais a força criativa, ao ponto de me permitir brincar de Deus
aliás Deus esta em mim, não preciso buscá-lo lá fora
ele se encontra aqui, assim como o Super Homem anunciado pelo filosofo.


III - Sobre o desejo de ser nu

Nu, ser totalmente nu
sonho cheio de pretensão da humanidade.
ou vocês acreditam que o homem pode tornar-se nu?
Sim, completamente despido, você acredita?
Bom, ser tomado inteiramente pela nudez, sinceramente, desacredito
as vezes estamos vestido, outras rasgando a roupa.
A nudez é um estado que nunca nos terá por inteiro,
pois o frio nos obriga recorrer as vestimentas,
sim o mesmo frio que tememos enfrentar.


IV - Sobre o desejo do delírio

Quem nunca sentiu vontade de delirar nessa vida?
O triste disso, é que muitos querem fazer do delírio a fuga
sim, uma forma de esquecer suas angustias.
O delírio não é uma fuga da realidade, mas sim fonte de inspiração
criatividade, o delírio é para ser amado, e não buscado
pois aquele que ama a si, por conseqüência delira
pois do amor vem a criação, e da criação vem o delírio.


....


Um brinde ao delírio e a nudez!


Vinícius Deiró

terça-feira, 26 de julho de 2011

As Portas


"Se as portas da percepção estivessem limpas, tudo apareceria para o homem tal como é: infinito."

Eu não ligo pra portas
O que você acha que pensa não importa
Não acredito que exista impossível
Tudo é plausível, tangível
Não importa o que me digam
Nada vai mudar, nem me afetar

Não me importa as coisas findas
Mesmo que tenham sido lindas
Não me importa as rimas repetidas
Nem as tristezas reprimidas
Eu não ligo pra portas
E nem espero respostas

Não me preocupo com coisas mortas
Não tenho medo do macabro
Nem, por isso estou errado
Encaro as possibilidades
Lânguida essa realidade
Mas eu gosto de ver a vida em cores mórbidas

Não me venha dizer que as portas
Estão abertas pra eu ir embora
Ou que estão fechadas pra minha entrada
Eu aguardo se preciso for... Sem me desesperar
Eu não ligo pras portas
E nem espero repostas

Eu abro, eu fecho
Essa é a diferença...
Essa é a chave pra entrar no teu mundo
Você é minha porta

Pedro Macieira

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Casa de Drummond

Aos fundos da casa de Drummond
a roda de amigos se forma,
noite de céu limpo e estrelado
idéias, filosofias e discussões nascem e se espalham pelo ar,
assim como a fumaça.
Foco nas palavras, mas sempre em alerta
com o carro que se aproxima.


Lá de cima, aos fundos da casa
ouvimos de longe as máquinas da Vale,
máquinas que levam a vida de nossa cidade
suicídios, acidentes, poeira cinza que cobre o que restou do pico
rejeitos da mineração jogados na lagoa mais abaixo.


A poluição sonora perturba as mentes itabiranas,
o minério que entra para os pulmões, se agregam à alma
deixando as pessoas duras, frias e insensíveis.
A riqueza material que a exploração da vida traz à cidade
entorpece os habitantes, os mantêm escravos do status.


Ah Drummond!
de mero retrato na parede
Itabira se torna a pedra no caminho do itabirano,
cidade apagada, da maldição herdada.
Eita vida besta que não largo meu Deus.


Vinicius Deiró

domingo, 24 de julho de 2011

Uma nova Luz

Salve seres brilhantes!


Hoje, dia 24 de julho de 2011 nosso grupo de encontro literário ganha um blog, o qual servirá como meio de divulgação de nossos trabalhos, seja desenhos, poemas, crônicas, fotos e ate mesmo vídeos de nossos encontros. Então desfrutem do espaço, sintam-se a vontade para participar e opinar, o espaço é tão publico quanto a praça que acolheu nosso primeiro encontro.

Por meio desse blog, vocês também terão acesso a nossa agenda e programação dos próximos encontros.

Segue aqui o link de nosso grupo de discussões no facebook.