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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Acordar Sozinho

Um dia ele acordou sozinho.

Desacompanhado de suas dores, mágoas e esperanças.

Sem saber nem o lado da cama onde deveria levantar. Sem vontade de levantar. Poderia levantar?

Abandonado pelo raciocínio e descrente das ilusões.

Com a sensação, de que o que antes não valia nada, agora poderia ser tudo. Se é que sentia alguma coisa.

Haveria ainda tempo?

Mas tempo para que?

Nem rumo, nem ideias, nem sua voz sobressaía.

Tentara falar, mas não tinha receptor. Nunca dera ouvidos a ninguém, nem a si mesmo. E agora não seria diferente.

Não existia mais vontade.

E ele se deita esperando que... Não, não haviam esperanças, dores e nem mágoa.

Marlon Maia

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